Recapagem: o caso de Sucesso do Brasil na COP26
A Vigésima Sexta Conferência das Partes (COP26) aconteceu em 2021, na Escócia, e tinha como principal objetivo completar o livro de regras do Acordo de Paris – que estabelece o objetivo de manter o aquecimento global neste século abaixo de 2°C . 198 países participaram da conferência, trazendo ideias e firmando compromissos com a redução da emissão de gases poluentes na atmosfera.
O novo acordo previu que todos os países informem o índice de emissão de GEE até 2024, e dobrem, até 2025, os recursos destinados à adaptação das mudanças climáticas. Também foram discutidos assuntos paralelos sobre florestas, carvão, transporte e metano. As novas ações propostas são capazes de reduzir as emissões em até 2,2 milhões de toneladas de CO2.
Compromissos brasileiros na Cop26
Durante a conferência, o governo brasileiro apresentou a meta de reduzir em 50% as emissões dos gases associados ao Efeito Estufa até 2030 e a neutralização das emissões de carbono até 2050. A proposta do país foi a mesma apresentada em 2015, o que surpreendeu negativamente muitos líderes políticos.
No entanto, um dos maiores destaques da participação brasileira na COP26 foi o reconhecimento da recapagem de pneus como alternativa para um desenvolvimento logístico mais sustentável. Representantes da Associação Brasileira de Reformas de Pneu (ABR) exaltaram as contribuições que um pneu reformado traz do ponto de vista ambiental, social e econômico.
O mercado de recapagem de pneus no Brasil evoluiu muito na última década, conquistando um faturamento anual de R$5 bilhões de reais, o que gera uma arrecadação de R$1 bilhão de reais em impostos e garante mais de 250 mil empregos diretos e indiretos.
Um pneu reformado oferece rendimento quilométrico semelhante a um pneu novo, mas com um valor 75% mais econômico para o consumidor, o que apresenta uma redução de 57% no custo/km para o setor de transportes (já que o pneu é o segundo maior custo de uma transportadora). No segmento de carga, o pneu reformado atinge 65% do total de equipamentos rodantes, o que contribui grandemente para a redução da emissão de gases poluentes na atmosfera, já que a reforma de pneus garante um retorno ambiental de 80% a menos de CO2.